domingo, 28 de fevereiro de 2010

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Você sabe o que é desenvolvimento sustentável? Não? Pois deveria já que este termo representa a principal alternativa para viabilizar a sobrevivência do planeta Terra para as futuras gerações de seres humanos. Diga-se de passagem, que você não é o único a desconhecer, milhões de pessoas mundo afora ainda não tem conhecimento do termo, quiçá de sua explicação. Ressalte-se também que o conceito é tão importante que deveria se tornar tópico discutido em salas de aula desde as primeiras séries do ensino fundamental, quem sabe até mesmo na educação infantil...

As crianças devem ser as primeiras a conhecer bem essa imprescindível idéia criada pela ONU e que deslanchou mundialmente a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992.

Desenvolvimento Sustentável é um projeto de gestão dos recursos naturais que prevê a satisfação das necessidades imediatas e prementes da humanidade sem que se comprometa à existência das futuras gerações de pessoas que habitarão a Terra. Trata-se, na realidade, da capacidade que devemos ter de gerenciar de forma mais racional, comedida e inteligente os recursos e meios que nos são concedidos pela Terra para evitar que ocorra uma devastação da mesma que comprometa a existência futura não só dos seres humanos, mas também de todas as espécies que vivem por aqui...

O Rio de Janeiro foi um importante marco para que o comprometimento mundial em relação à proteção, conservação e recuperação da natureza se efetivasse através de ações mais concretas e constantes. Acendeu-se o sinal amarelo quanto a própria existência humana. Ficou mais claro para todos que se não tomássemos atitudes enérgicas e decididas quanto à proteção do meio ambiente, estaríamos colocando em risco nossa própria continuidade enquanto seres vivos...

A situação das espécies animais e vegetais que se extinguiram, as queimadas de matas e florestas que se tornavam mais e mais freqüentes, a poluição dos rios e mares, a liberação em doses elevadíssimas de resíduos tóxicos na atmosfera, a destruição progressiva da camada de ozônio, a erosão em níveis alarmantes em diversas regiões do planeta e tantas outras situações-limite estão tornando insustentável a continuidade dos sistemas e modelos que praticamos até o presente momento na Terra.
E como podemos conhecer melhor o meio ambiente para que possamos adotar práticas que auxiliem o planeta em sua luta pela sobrevivência?

Definição

Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas". Isso é muito parecido com a filosofia dos nativos dos Estados Unidos, que diziam que os seus líderes deviam sempre considerar os efeitos das suas ações nos seus dependentes após sete gerações futuras.

O termo original foi "desenvolvimento sustentável," um termo adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas pessoas hoje, referem-se ao termo "desenvolvimento sustentável" como um termo amplo pois implica desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento. "Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo para todas as atividades humanas.

A Gestão Sustentável é uma capacidade para dirigir o curso de uma empresa, comunidade, ou país, por vias que valorizam, recuperam todas as formas de capital, humano, natural e financeiro de modo a gerar valor ao Stakeholders (LUCRO). A Gestão de processos deve ser vista sempre como um processo evolutivo de trabalho e gestão e não somente como um projecto com inicio, meio e fim. Se não for conduzida com esta visão, a tendência de se tornar um modismo dentro da empresa ou do país e logo ser esquecida ao sinal de um primeiro tropeço é grande. Muitos esforços e investimentos têm sido gastos sem o retorno espectável.

Se pensarmos que 10% de tudo o que é extraído do planeta pela industria (em peso) é que se torna produto útil e que o restante é resíduo, torna-se urgente uma Gestão Sustentável que nos leve a um consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e materiais tóxicos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objectos económicos, financeiros, ambientais e sociais.

História

A adoção formal por parte da ONU do conceito de desenvolvimento sustentável parte da criação em 1972 da Comissão Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento (WCED) que em 1987 publicou um relatório intitulado "Nosso futuro comum", também conhecido como o relatório Brundtland. Esse relatório indicou a pobreza nos países do sul e o consumismo extremo dos países do norte como as causas fundamentais da insustentabilidade do desenvolvimento e das crises ambientais. A comissão recomendou a convocação de uma conferência sobre esses temas.

O desenvolvimento da Agenda 21 começou em 23 de dezembro de 1989 com a aprovação em assembléia extraordinária das Nações Unidas uma conferência sobre o meio ambiente e o desenvolvimento como fora recomendado pelo relatório Brundtland e com a elaboração de esboços do programa, que, como todos os acordos dos estados-membros da ONU, sofreram um complexo processo de revisão, consulta e negociação, culminando com a segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Eco-92, entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, onde representantes de 179 governos aceitaram adotar o programa.

A Agenda 21 teve um estreito acompanhamento a partir do qual foram feitos ajustes e revisões. Primeiro, com a conferência Rio+5, entre os dias 23 e 27 de junho de 1997 na sede da ONU, em Nova Iorque; posteriormente com a adoção de uma agenda complementária denominada metas do desenvolvimento do milênio (Millenium development goals), com ênfase particular nas políticas de globalização e na erradicação da pobreza e da fome, adotadas por 199 países na 55ª Assembléia da ONU, que ocorreu em Nova Iorque entre os dias 6 e 8 de setembro de 2000; e a mais recente, a Cúpula de Johannesburgo, na cidade sul-africana entre 26 de agosto a 4 de setembro de 2002.

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